sexta-feira, 27 de julho de 2012

Seminário apresenta caminhos para a redução da violência escolar



“A paz é um processo de aprendizagem. Deveria fazer parte do currículo escolar como qualquer outra matéria.” A afirmação é do orientador estratégico da Organização Inteligência Relacional, João Roberto de Araujo, palestrante do seminário “O papel da educação na construção da cultura de paz”, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, na sexta-feira e no sábado.
Foram apresentados os caminhos para a redução da violência no ambiente escolar, tema de preocupação dos pais e de toda a comunidade. Apresentações artísticas dos alunos da escola Ricardo Faicker Nunes abriram o evento na noite de sexta-feira, que teve a participação de alunos, pais e professores. Balões brancos e uma pomba da paz decoravam o salão, anunciando o tema do seminário.
A diretora da instituição, Maria Antônia Frauobrador, disse que a escola foi uma das escolhidas para o programa, juntamente com a Recanto da Lagoa e Santa Maria, por apresentarem maiores índices de violência. “Agressões físicas e verbais são o que mais acontecem”, explica a diretora. A professora intermediária do programa é Roseli Maraschin. “Cada aluno recebe um livro e nós trabalhamos uma vez por semana com as crianças. Desenvolvemos um trabalho para resgatar valores, por meio da boa convivência”, ressalta Roseli.
Já o secretário municipal de Educação, Gilnei Leite, afirmou que a opção pela paz tem que ser de todos, mas principalmente dos educadores. O secretário aproveitou o momento para mandar um recado para os pais. “Ninguém imita aquilo que não vivencia. Se dermos bons exemplos, vamos colher bons frutos”, disse Leite, que também parabenizou todos os professores que estão em sala de aula e que, diante de todas as dificuldades, mantêm-se fortes e otimistas.
Para o professor Araujo, a paz é um conteúdo tão importante como matemática, química ou qualquer outra matéria. “Apenas pedimos que as crianças sejam pacíficas, mas temos que ensiná-las a ser. Educar para a paz é sinônimo de educar para as emoções, que têm papel fundamental em nossas vidas. Às vezes, as pessoas são graduadas, porém analfabetas emocionais. Esse programa quer ensinar as crianças a lidar com as emoções, como ansiedade, medo, frustrações etc, pois a violência pode ter origem na incompreensão das emoções.”
O professor dividiu a violência em vermelha ou branca. A primeira é a física, quando o indivíduo é ferido com faca ou tiro, por exemplo. Já a violência branca é psicológica, prejudicando profundamente a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Mata aos poucos. “Para ser feliz, temos que reduzir dor e sofrimento. Existem dores diferentes em nossas vidas: a física e a da mente, que são são as dores da alma. Na nossa mente habitam emoções que podem tirar nossa paz, e a paz coletiva nasce na paz individual”, finalizou o palestrante, destacando que construir a paz é educar as emoções. No sábado, o evento foi realizado na escola Farroupilha.
Ong Liga para a paz
A Inteligência Racional é uma organização comprometida com o desenvolvimento humano. Atua nas áreas de educação (desenvolve conteúdos de cultura e paz no contexto da educação emocional e social para educadores e educandos do ensino fundamental) e cultura (programa cultural que realiza encontros, seminários e palestras buscando desenvolver a inteligência geral a partir dos fundamentos do paradigma da complexidade. Apresenta conteúdos filosóficos, científicos, artísticos e das tradições religiosas). Mais informações no site www.inteligenciarelacional.com.br.

Fonte: Site Prefeitura Municipal de Viamão

Nenhum comentário:

Postar um comentário