sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cinema é tema de palestra no Congresso Internacional de Educação



“Como fazer cinema na escola” foi tema de palestra ministrada no Cantegril Clube pelo cineasta e professor gaúcho Carlos Gerbase. A atividade, realizada na tarde desta terça-feira (17), faz parte do Congresso Internacional de Educação, que ocorre até o dia 18 no município.
Gerbase falou sobre o papel do cinema na construção do cidadão e a importância de conteúdos trabalhados utilizando-se a linguagem audiovisual como ferramenta. “Até meados do século XX, o que existia eram gerações que eram educadas apenas por meio da linguagem verbal. Hoje, as coisas mudaram. Crianças, jovens e adultos estão cada vez mais assistindo a filmes e séries de televisão, o que nos leva a um mundo cada vez mais audiovisial.”
Para o cineasta, uma grande parcela da atual geração tem dificuldade de se expressar através da linguagem escrita e encontram no mundo da imagem e do som uma oportunidade de manifestar ideias, críticas, angústias e anseios. “É por isso que o currículo escolar deve explorar mais esse tipo de prática e agregá-la aos conhecimentos que devem ser passados aos alunos”, explica.
“Educação, Meio Ambiente e Cidadania” são os temas do congresso deste ano. Como forma de associá-lo ao assunto da palestra, Gerbase relacionou o meio ambiente com a linguagem audiovisual. “A preocupação com o meio ambiente deixou de ser algo teórico. A gente sabe que se não fizermos nada, deixaremos um planeta insuportável de se viver para os nossos filhos e netos. A criação de filmes sobre o tema é uma maneira muito impactante de fazer as pessoas pensarem e se conscientizarem sobre a preservação.” O cineasta ressaltou que uma trilha bem selecionada, combinado a um conjunto de tomadas aéreas pode passar “um recado muito poderoso a sociedade”.
Gerbase ainda abordou alguns conceitos do mundo audiovisual, como orçamento, equipamentos necessários, roteiro, produção e equipe. “Entendam que, antes de qualquer coisa, fazer um filme deve ser uma coisa divertida, e não encarada como uma obrigação.” Para ele, só se aprende praticando. “Um escritor não aprende a escrever apenas lendo livros, do mesmo modo que você não vai aprender a fazer filmes apenas assistindo. É na prática que vão surgir os erros e a busca em aprimorar. A gente erra muito até aprender, por isso não devemos nos deixar levar pela frustração”, aconselha.

Fonte: Site Prefeitura Municipal de Viamão

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